quarta-feira, 27 de novembro de 2013

27/11/2013 - TRAGÉDIA - na Arena Corinthians



TRAGÉDIA - na Arena Corinthians

Na manhã deste dia 27 de novembro, uma grua que suspendia o último módulo da cobertura do Itaquerão cedeu e desabou, com a peça de 500 toneladas, sobre a porção lateral do estádio. Veja fotos do acidente, que deixou dois mortos e um ferido com gravidade:

Chão sob guindaste cedeu, dizem operários que testemunharam acidente no Itaquerão.

Segundo cinco operários ouvidos pela reportagem da Folha, que trabalham nas obras do Itaquerão e pediram para não serem identificados, uma parte do chão cedeu sob o guindaste que içava a última peça da cobertura, provocando o acidente no canto norte do lado leste do estádio, próximo à avenida Radial Leste e à estação Corinthians-Itaquera do metrô. 

O guindaste perdeu o controle da peça, que balançou no ar antes de bater em parte da arquibancada do estádio. Com o impacto, parte do guindaste também caiu por cima da peça. 

Essa mesma cena foi descrita por duas pessoas diferentes, que disseram ter presenciado o acidente: o gari Elifaz dos Santos, 43, e o vendedor ambulante Fabiano Freitas, que não quis revelar sua idade.
"Eu vi a peça parada no ar, erguida pelo guindaste. De repente, ela começou a balançar e bateu no estádio. E caiu tudo por cima. Ouvi um estrondo muito alto, como se fosse um prédio caindo", disse Santos.
"Era a última peça que tínhamos que colocar no local e uma coisa que comentamos era a pressa que estava. Como choveu a semana toda, geralmente eles colocam pedra no chão ali, mas desta vez não foi desta forma. Foi um pouco mais corrido. Se você olhar de cima, não tem noção do que está aqui embaixo"

MORTES
Segundo José Valter, operário da obra, um de seus amigos mortos estava em um dos banheiros químicos no momento do acidente.

"Quando percebi um barulho, as vigas já estavam tombando em cima da arquibancada. Era um barulho enorme de destruição. Estou assustado até agora", afirmou no começo da tarde desta quarta-feira.

A Folha apurou junto a pessoas que participam do comando da obra que um morto era um motorista que descansava no momento do acidente e outro era um colocador de cadeiras.

Antonio Francisco Camargo, funcionário da obra, afirmou que trabalhava na parte externa do estádio quando percebeu o acidente. "Quando ouvi o barulho fui ver o que aconteceu. Tentou ajudar, mas fui contido pelos outros operários. Entrei em choque", disse Camargo.

De acordo com o operário, o nome do funcionário morto é Fábio Luiz Pereira, que estava nas obras do Itaquerão desde o início. Os dois são funcionários da empresa BHM.

O comando da obra trabalha com três hipóteses para o acidente:
1) a lagarta do guindaste, que é a parte que roda, cedeu;
2) um problema de contrapeso;
3) o guindaste partiu.

O barulho do acidente foi ouvido de dentro da plataforma da estação Corinthians-Itaquera do metrô, que fica a cerca de um quilômetro do estádio.

ALÍVIO
Benedito Donizeti Moreira, 50, é um dos funcionários da obra. Ele entrega suportes de cadeira e encosta o caminhão justamente na área onde caiu a viga. Moreira afirmou estar aliviado por ter se livrado do acidente.
"Se eu estou ali, se eu tivesse chegado um pouco mais cedo, teria morrido. Pensei de tudo. Penso que eu era para estar morto numa hora dessa", disse.
folha.uol.com.br 

 Video sobre o guindaste:

 
Acidente Itaquerão 2
Acidente Itaquerão 7
Acidente Itaquerão 6
Acidente Itaquerão 5












Acidente Itaquerão 4Acidente Itaquerão 3

Cerveja nacional tem muito milho, afirma pesquisa da USP

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE" 


Uma das análises químicas mais completas já feitas com marcas de cerveja do Brasil e do exterior dá peso a uma tendência que estudos menores já indicavam: as grandes marcas nacionais têm elevadas quantidades de milho em sua composição, embora a matéria-prima tradicional da bebida seja a cevada.

São os nomes mais conhecidos do público, como Antarctica, Brahma, Skol e Nova Schin (veja infográfico abaixo). A análise sugere que essas marcas estão no limite da porcentagem de milho como matéria-prima para cerveja que a legislação nacional determina (45%) ou podem até tê-lo ultrapassado.

As empresas produtoras questionaram a análise (leia texto abaixo). Por outro lado, o estudo indicou que algumas cervejas em pequena escala possuem o teor que se esperaria de uma bebida feita só com água, cevada e lúpulo, como reza a tradição alemã.

A pesquisa é assinada por cientistas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da USP de Piracicaba, e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O grupo piracicabano, coordenado por Luiz Antonio Martinelli, já estudou cervejas antes, além de verificar a presença de álcool de cana no vinho nacional.

"Ninguém aqui está dizendo que a cerveja é pior por ter milho --aliás, eu nem bebo cerveja, só vinho", diz Martinelli. Ele ressalta também que o trabalho tem margens de erro e que o propósito não foi denunciar que certas marcas não seguem a lei.

"A diferença de composição é muito pequena [no caso das que parecem ter muito milho]", diz a bióloga Sílvia Mardegan, orientanda de Martinelli e autora principal do estudo, que sairá na revista científica "Journal of Food Composition and Analysis".

Além disso, ela lembra que só uma unidade de cada marca foi estudada, e que existem variações por lote e por região do país. Por outro lado, a variedade de marcas (77, sendo 49 nacionais e 28 importadas) ajuda a dar um panorama amplo do mercado.

BALANÇA DE ÁTOMOS
Em essência, o método da USP de Piracicaba é uma balança de átomos. Isso porque os átomos de carbono que os seres vivos usam em seu organismo existem em dois "pesos" principais, o carbono-12 e o carbono-13 (o segundo um pouco mais "gordo").

As plantas incorporam carbono o tempo todo em seu organismo durante a fotossíntese. Só que algumas têm um "paladar" diferenciado. São, por exemplo, as gramíneas tropicais, como o milho e a cana, que "preferem" uma proporção relativamente maior de carbono-13.

É essa assinatura que os cientistas usam para diferenciá-las de plantas como a cevada ou a uva, que têm menos apreço pelo carbono-13.

Os pesquisadores estabeleceram qual era o "perfil de carbono" da cevada e o do milho e fizeram a mesma análise na cerveja. Se a proporção das variantes do elemento químico na cerveja era intermediário, o veredicto só podia ser um: mistura.

O método tem algumas limitações. Teria mais dificuldade de flagrar o uso de arroz na cerveja, já que o perfil de carbono do arroz é semelhante ao da cevada.

Sady Homrich, especialista em cerveja e colunista do caderno "Comida", da Folha, diz que o consenso entre cervejeiros é que diminuir o teor de cevada acaba afetando a qualidade da bebida.

"A boa cerveja é a de puro malte de cevada, porque você pode explorar variações de sabor e aroma vindas da secagem e da torrefação da cevada", afirma Homrich.

Apesar do argumento de que o milho deixaria a cerveja mais leve, Homrich diz que a grande preocupação da indústria é diminuir o custo.

OUTRO LADO
Em comunicados, os fabricantes de cervejas com alto teor de milho apontado pela pesquisa defenderam a qualidade de seus produtos.

A Ambev, fabricante das marcas Caracu, Antarctica, Brahma, Bohemia e Skol, afirmou que "controlar a quantidade de malte de cevada é necessário para obter cerveja com características adaptadas ao paladar do consumidor brasileiro: leve, refrescante e de corpo suave".

"A indústria brasileira de cerveja possui tradição de mais de cem anos e tem orgulho de produzir bebidas de altíssima qualidade. A Ambev leva aos seus milhões de consumidores receitas seculares produzidas com os melhores insumos disponíveis em todo o mundo", continua o comunicado oficial.

A empresa disse ainda que seus produtos seguem à risca as determinações do Ministério da Agricultura e que está investindo na produção nacional de cevada e em quatro maltarias próprias.

Já a Schincariol, que produz a Nova Schin e a Glacial, diz que "respeita as iniciativas de pesquisas realizadas pela USP, mas ressalta que a metodologia utilizada no mencionado estudo não é a determinada pelo Ministério da Agricultura".

A empresa afirma que "está à disposição dos pesquisadores responsáveis pelo estudo para esclarecer possíveis dúvidas sobre seus produtos ou processos".

"É um trabalho interessante, mas discordamos dos resultados", disse à Folha Humberto de Lazari, gerente corporativo industrial do Grupo Petrópolis, das cervejas Itaipava e Crystal.

Ele afirmou que as imprecisões técnicas da pesquisa seriam discutidas de forma mais apropriada "num fórum técnico", mas ressaltou que a empresa usa menos do que os 45% de produtos não derivados de cevada em suas bebidas --disse não poder revelar a proporção exata.

A legislação não exige que as empresas declarem nos rótulos a composição exata das cervejas que produzem.

Lazari questionou a afirmação do estudo de que o milho aceleraria o processo de produção, cortando custos.

A Heineken, hoje responsável pela Kaiser, declarou em comunicado que "já possuía conhecimento da publicação, mas não encontrou relevância no artigo, pois a análise científica possui diversas inconsistências".

"Entre os vários equívocos da publicação, destacam-se os erros explícitos de amostragem estatística e o fato de o cientista não ter considerado o isótopo de nitrogênio. Com isso, como o próprio trabalho da USP reconhece, a utilização de arroz poderia influenciar nos números."

Martinelli, da USP, diz estar aberto a conversar com as empresas, mas afirmou confiar em sua metodologia.
Editoria de arte/Folhapress
 folha.uol.com.br/ciencia

Psicólogo americano separa pessoas em quatro perfis segundo formas de pensar

Livros de psicologia em tom de autoajuda têm inundado o mercado, trazendo ao leitor a promessa do autoconhecimento e propondo nova teorias. "Top Brain, Bottom Brain" (Cérebro de Cima, Cérebro de Baixo) é mais um deles, mas possui uma diferença: seu autor é Stephen Kosslyn, um psicólogo que de fato tem respeito na comunidade acadêmica. 

Tendo trabalhado como professor nas universidades Harvard e Stanford, nos EUA, ele propõe um novo esquema para explicar de onde surgem as diferenças entre as pessoas em seus modos de pensar. 

O livro também desmistifica a maneira como a cultura popular aborda a questão, separando pessoas entre os tipos "criativo" ou "racional" --associados ao lado direito e esquerdo do cérebro, respectivamente. Kosslyn explica por que considera essa noção simplista antes de detalhar sua própria teoria. 

Com o jornalista G. Wayne Miller, seu coautor, o psicólogo argumenta que um corte "horizontal" no cérebro (dividindo-o entre as partes de cima e de baixo) é mais eficaz para mapear diferenças na forma como cada pessoa interage com o mundo. 

Em vez de um hemisfério "criativo" contraposto a outro "racional", obtêm-se duas áreas com igual capacidade de intuição e raciocínio. Nesse caso, a distinção é que um deles é "executivo/planejador", enquanto o outro é "observador/perceptivo". 

Como cada pessoa pode dar ênfase a uma das duas áreas, a ambas ou a nenhuma, Kosslyn conjectura que existam quatro tipos de pessoas, cada uma exibindo um "modo cognitivo" distinto. 

"Se seu interesse é evoluir pessoalmente, socialmente ou nos negócios, acreditamos que compreender e considerar nossa 'Teoria dos Modos Cognitivos' pode beneficiá-lo", escrevem Kosslyn e Miller na introdução do livro. Ao fim, o leitor é convidado a preencher um teste que revela qual é seu modo predominante (veja quadro). 

O tom de autoajuda em certos trechos do livro destoa da contracapa, na qual Robert Sapolsky e Steven Pinker, dois dos intelectuais mais respeitados da área, endossam o trabalho de Kosslyn.
Editoria de Arte/Folhapress
QUATRO DIREÇÕES
 
Pinker, que descreve Kosslyn como "um dos maiores neurocientistas cognitivos" da atualidade, afirmou à Folha que não vê o livro como algo que invalide a divisão de funções entre os lados esquerdo e direito do cérebro --algo que existe, mas de modo mais sutil do que a cultura popular apregoa. 

"As pessoas terem diferenças ao longo do eixo de cima para baixo do cérebro não tem nada a ver com elas poderem ter diferenças ao longo do eixo da esquerda para a direita", disse Pinker. 

Em "Top Brain, Bottom Brain", a maior crítica à divisão lateral do cérebro é que a psicologia experimental falhou em comprovar a existência de um cabo de guerra entre os lados esquerdo e direito do cérebro, com a racionalidade tentando se sobrepor à intuição, e vice-versa. 

A divisão cerebral entre andar de cima e andar de baixo seria mais flexível, por isso dá origem a quatro subtipos de pessoa, não apenas dois. Isso não impede Kosslyn de entrar em terreno delicado, quando defende que o "modo cognitivo" dominante de cada pessoa é parcialmente determinado pela genética. 

Enquanto pessoas no modo "condutor" teriam propensão à liderança, aqueles em modo "adaptador" seriam bons companheiros de equipe, ideais para implementar planos que não são seus. 

Seriam esses últimos, então, destinados à posição de subserviência, como as castas inferiores de "Admirável Mundo Novo"? "Espero que não", disse Kosslyn à Folha. 

"A contribuição genética, que se dá principalmente pelo temperamento, é minoritária", afirma o psicólogo. "Você não está aprisionado pelos seus genes, mas é bom que esteja ciente de ter certo temperamento e que isso pode estar influenciando-o." 

Kosslyn, por fim, não exibe sua teoria como trabalho completo; ele ainda busca psicólogos experimentais dispostos a testá-la. O livro, diz, já despertou esse interesse. 

TOP BRAIN, BOTTOM BRAIN
AUTORES Stephen Kosslyn e G. Wayne Miller
EDITORA Simon & Schuster
PREÇO R$ 24,65 (e-book), US$ 18 (capa dura), 240 págs. (em inglês)
folha.uol.com.br - ciência

Arquitetos projetam estrutura flutuante que despolui o ar e filtra água do mar

Os arquitetos do escritório francês Sitbon Architectes projetaram uma cápsula flutuante e parcialmente submersa que possui uma estufa orgânica de despoluição do ar, um sistema de conversão da água do mar em água potável e uma central de alertas meteorológicos, capaz de avisar a ocorrência ou aproximação de maremotos, tsunamis e outras catástrofes ambientais.
A mitigação dos efeitos do aquecimento global e dos impactos no meio ambiente é o principal motivo para a construção da estrutura. É por isso que a cápsula parcialmente submersa, batizada de Bloom, vai abrigar aquários gigantes repletos de fitoplânctons, seres microscópicos que habitam o oceano e retiram o dióxido de carbono da atmosfera.

Funcionando como estufas orgânicas no interior da Bloom, os aquários de desenvolvimento destas espécies serão supervisionados por uma equipe de cientistas, que poderão utilizar os pequenos seres para regular a concentração de oxigênio nas regiões oceânicas mais impactadas pelo aquecimento global, segundo informou o site InHabitat.
Além do método orgânico de filtragem do oxigênio, a estrutura também vai contar com um sistema capaz de transformar a água do mar em líquido potável, eliminando os sais, as propriedades peculiares e todos os resíduos encontrados no oceano, tornando a água própria para consumo, não apenas dentro da cápsula, mas também em terra firme.

Em linhas gerais, a Bloom pode ser classificada como uma estação ambiental futurística e de estudos de meteorologia, cujos responsáveis pelo projeto conseguiram as melhores classificações em um dos principais prêmios de arquitetura da Europa. O projeto é muito bem sucedido, entretanto, a cápsula flutuante ainda não tem data para ser construída.
Por Gabriel Felix - Redação CicloVivo

Russo fabrica bicicleta que atinge até 80 km/h

Movida a energia elétrica, a Desperado exigiu investimento de US$ 3 mil.

A bike possui dois motores elétricos externos (Foto: Divulgação) 

Qual o critério que diferencia uma bicicleta de uma moto? Se forem os pedais, tudo bem, a Desperado se enquadra. Agora se for a velocidade atingida em linha reta, essa invenção criada por um russo está mais para moto.

E foi essa mesma a intenção do empreendedor Ivan Tulupov: fazer com que as bicicletas elétricas, cada vez mais populares no mundo, que em média atingem 32km/h, ganhem outro status.


Para isso, ele montou uma uma bike com dois motores elétricos externos com caixas de câmbio. Segundo ele, a sua invenção, batizada de Desperado, atinge os 80 km/h. 

Para atingir essa velocidade, basta que o ciclista pedale a uma média de 30 km/h ou, se quiser atingir os 60 km/h, pedale a 25 km/h.

No design, ele se inspirou no modelo beach cruiser, populares nos EUA entre os anos 1930 e 1950. Com 43 quilos, a Desperado exigiu um investimento inicial de US$ 3 mil. 

Os motores podem ser controlados por meio dos aceleradores de punho, um na mão direita e outro na esquerda, juntos ou separados.

As baterias que movem o motor levam cerca de duas horas para recarregar.

Abaixo um vídeo e algumas imagens desta bike supersônica.


 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Fórum Mundial de Ciências 2013 terá transmissão pela internet - até 27/11/13

Um dos eventos internacionais mais importantes no campo da ciência, tecnologia e inovação ocorrerá no Rio de Janeiro na próxima semana, entre os dias 24 e 27 de novembro.


O Fórum Mundial de Ciências 2013 será realizado pela primeira vez fora de seu país sede, a Hungria.
O Fórum Mundial de Ciência 2013 contará com a presença de mais de 600 líderes mundiais de mais de 120 países. Com o tema "Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global".
O principal objetivo do evento é discutir formas viáveis de empregar o conhecimento científico para propor políticas globais que facilitem a construção de um futuro sustentável, ou seja, com capacidade de suprir necessidades, sem esgotar os meios produtivos.
A ciência e os problemas do mundo
Como a ciência pode assumir um papel ativo no desenvolvimento global e ajudar a resolver as problemáticas do século XXI?
Essa é a pergunta principal que pesquisadores do mundo inteiro tentarão responder durante o Fórum Mundial de Ciência 2013.
Os temas tratados incluem o uso da tecnologia para lidar com recursos naturais renováveis e não renováveis; medidas para o enfrentamento da desigualdade social e econômica internacional; alternativas sustentáveis para alavancar o crescimento produtivo no mundo, entre vários outros.
O físico brasileiro Luiz Davidovich, da UFRJ, explica que serão discutidas formas de colaboração entre os grupos científicos internacionais visando estabelecer diretrizes comuns para a condução das políticas internacionais adotadas para o enfrentamento de diversas questões de interesse global, como desastres naturais, disponibilidade de água, alternativas energéticas, aquecimento global.
"É fundamental que a sociedade global seja familiarizada não só com os termos científicos, mas também entenda como o desenvolvimento da ciência pode trazer aplicações práticas para a melhoria da qualidade de vida. Cada vez mais a população, por meio de seus representantes legais, é convidada a aprovar ou não algumas etapas do processo de pesquisa básica e aplicada. Dessa forma, promover a educação científica facilita que essas tomadas de decisão atendam o interesse da maioria", explica Davidovich.
Além da Academia de Ciências da Hungria e da Academia Brasileira de Ciências, a comissão organizadora do fórum conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), doInternational Council for Science (ICSU), da American Association for the Advancement of Science (AAAS), da Academy of Sciences for the Developing World (TWAS) e do European Academies Science Advisory Council (Easac).
O Fórum Mundial de Ciência não é um evento aberto, podendo participar apenas convidados, mas será transmitido ao vivo pela internet, no endereço www.sciforum.hu/index.html.

Brasileiros dizem desafiar leis da física e gerar energia através da gravidade

Depois de anos de suspense e anúncios misteriosos nas páginas dos jornais de Porto Alegre, finalmente, segundo a empresa RAR Energia, foi concluída a montagem de um gerador que aproveita a força da gravidade para gerar energia renovável. 

Conhecido como moto-contínuo, o sistema aproveitaria uma fonte interminável sem emitir poluição no ambiente e nem aumentar a temperatura do planeta.


Disponível a qualquer hora, em qualquer lugar e na quantidade que for necessária, a energia da gravidade do planeta seria aproveitada sem causar desequilíbrios no meio ambiente, diferente dos métodos convencionais de geração, que culminam em diversos impactos na natureza. 

A máquina construída pela empresa seria a única em funcionamento, no mundo inteiro, que utilizaria a força da gravidade para a produção de eletricidade.

O sistema, também chamado de máquina de movimento perpétuo, desafia os consensos da física, uma vez que rompe com as leis da termodinâmica, e, ainda, a Lei Áurea da Mecânica – a qual estabelece que todo trabalho aplicado deva ser maior ou igual ao trabalho realizado. 

Ainda assim, durante as etapas de montagem do gerador, os cientistas disponibilizaram um exemplar do inacreditável sistema em menor tamanho na sede da empresa.
Segundo o site da empresa, o equipamento que aproveita a gravidade do planeta é acionado por um sistema mecânico e tem capacidade de geração de 30 kW – num primeiro momento, a ideia deles seria construir um conceito, a fim de impulsionar este método de geração no mundo todo.

Ainda segundo a empresa, um modelo idêntico ao que foi recentemente finalizado na capital gaúcha estaria sendo desenvolvido por eles na cidade de Gilman, no estado norte-americano de Illinois. 

 A máquina foi inspirada num motor a combustão, em que um conjunto de pesos é equivalente ao combustível e aos pistões, que acionam as bielas conectadas ao virabrequim.

Em resposta a um email do site norte-americano PESWiki, Renato Ribeiro, presidente da RAR Energia, disse que este tipo de tecnologia tem sido estudado ao longo dos séculos, e por isso, é natural que as pessoas estejam céticas. 

Ele prometeu que a tecnologia irá surpreender a muita gente e disse que a patente já foi solicitada.
As informações foram divulgadas pela empresa no último sábado em um anúncio no jornal Folha de São Paulo e em seu site. 

Apesar disso, ainda não existe comprovação alguma da veracidade da máquina pela comunidade científica. Além disso, nenhum vídeo do sistema em ação foi divulgado. 

O CicloVivo procurou a RAR energia, porém não obtivemos retorno até o momento.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

Vídeo sobre:


Realidade aumentada viabiliza trabalho técnico à distância

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/11/2013
Realidade aumentada viabiliza trabalho técnico à distância
As instruções projetadas diretamente na área de trabalho podem ser vistas simultaneamente por várias pessoas no local, sem a necessidade de usar óculos especiais ou quaisquer outros dispositivos de visualização.[Imagem: Delta Cygni Labs]
 
Tecnologia com a mão na massa

Engenheiros finlandeses criaram um sistema de realidade aumentada que permite que especialistas transmitam suas instruções pela internet, projetando-as diretamente no equipamento que está sendo usado ou consertado por operadores em outro local.

Um especialista pode ajudar a resolver problemas críticos para os quais o pessoal de operações não está qualificado.

Hoje, o conserto ou a manutenção preventiva de equipamentos industriais e de grandes veículos exige o deslocamento desses técnicos especializados até onde o trabalho deve ser feito.

O inconveniente é que as viagens são caras e o equipamento fica parado até que o técnico chegue.
O sistema de realidade aumentada implementa um novo paradigma de colaboração, estabelecendo a conexão entre o especialista remoto e o pessoal local.

Para passar as orientações e guiar o que deve ser feito, o especialista projeta as instruções diretamente no equipamento usando uma caneta laser.

As instruções projetadas diretamente na área de trabalho podem ser vistas simultaneamente por várias pessoas no local, sem a necessidade de usar óculos especiais ou quaisquer outros dispositivos de visualização.

O sistema foi desenvolvido por uma parceria entre o Centro de Pesquisas Técnicas (VTT) da Finlândia e a empresa aeroespacial italiana Thales Alenia, que criaram uma joint-venture, a Delta Cygni Labs, para comercializar a tecnologia.
 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Fornecedores da indústria de petróleo e gás terão participação ativa no Prominp

da Agência Brasil
O primeiro trimestre de 2014 marcará o início do novo modelo de gestão do Programa de Mobilização da Indústria Nacional  de Petróleo e Gás Natural (Prominp), que contará com a participação ativa, nos processos de seleção, dos fornecedores de bens e serviços para a área de petróleo e gás.

Criado pelo Ministério de  Minas e Energia em 2003, o programa capacitou, até setembro passado, 97 mil técnicos em 17 estados, em cursos nos quais foram investidos mais de R$ 290 milhões.

Os recursos do Prominp são procedentes da Participação  Especial, definida pela Lei do Petróleo e equivalente a 0,5% sobre a receita bruta dos poços de petróleo cuja produção excede 20 mil barris diários. Esses recursos formam um fundo que é gerido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
 
“O Prominp é um programa criado para estimular a qualificação do fornecedor da indústria de petróleo e gás, para que ela possa participar de projetos no Brasil e no exterior”, destacou, em entrevista à Agência Brasil, o coordenador executivo do programa, Paulo Sérgio Rodrigues Alonso.
 
Segundo ele,  levantamento feito em 2013 pelo Prominp e a ANP constatou que apenas 67% do pessoal capacitado estavam empregados de fato na indústria de petróleo e gás e 33% saíam para outras áreas. Havia a necessidade de canalizar esse contingente de técnicos qualificados também para a indústria de petróleo e gás, explicou.
 
 
Verificou-se que os editais públicos levavam em conta a necessidade de pessoal dos grandes empreendimentos, mas não incluíam as empresas que iam contratar, como estaleiros e companhias de construção e montagem. Este ano, a ANP e o Prominp  decidiram estabelecer novo modelo que levantou os principais projetos da indústria de petróleo e gás até 2015, entre eles a construção de novas refinarias, 38 plataformas e barcos de apoio, que se juntaram às necessidades dos grandes estaleiros e empresas de construção e montagem.
 
Os processos de seleção serão conduzidos a partir de agora pelas próprias empresas fornecedoras de bens e serviços do setor, de acordo com a disponibilidade de vagas, que serão anunciadas no site do Prominp. Os fornecedores indicarão as categorias profissionais de que necessitam e também destinarão, juntamente com o Prominp, recursos para a qualificação dos trabalhadores, ao contrário do modelo que vigorava até então.
 
O novo sistema estabelece que os alunos farão os cursos com metade paga pelo futuro empregador e metade pelo Prominp. “Se ele (aluno) não tiver grau mínimo no fim do curso, a empresa não tem que arcar com o ônus da demissão”, esclareceu Paulo Alonso. A medida, segundo ele, preserva o candidato e a empresa contratante. A Petrobras acompanhará todo o processo.
 
Nessa nova fase do programa, serão oferecidas 17.207 vagas até 2015. Os profissionais serão absorvidos pela Petrobras e outras operadoras do setor de petróleo e gás e pelo mercado. O novo modelo terá também novo gestor - o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Confederação Nacional da Indústria -, uma vez que a instituição anterior que gerenciava os cursos, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimac), encerrou o convênio e não demonstrou interesse em renová-lo, informou Paulo Alonso.  O convênio com o Instituto Euvaldo Lodi já foi assinado.
 
O coordenador executivo do Prominp não tem dúvidas de que o programa beneficia o mercado brasileiro em termos de aumento de emprego e de renda, contribuindo também para elevar o nível de conteúdo nacional nos projetos da área de petróleo e gás. “A qualificação está ficando mais apurada”, sustentou, acrescentando que há ênfase para a indústria naval. “Focalizando na formação desse pessoal, para conseguir que, no horizonte de cinco anos, os estaleiros brasileiros estejam no mesmo nível dos estaleiros de fora”.
 
A exploração e produção na região do pré-sal  é objetivo também do Prominp. “De todas as 17.207 vagas previstas para essa nova fase do Prominp, 55% são para trabalhar em obras do pré-sal”, disse Alonso. Os restantes 45% se dividem entre as áreas de petróleo e gás, energia, elétrica e abastecimento. O Prominp vai investir R$ 51 milhões nessas 17.207 novas vagas de qualificação.
 

Soja preta supera soja comum na prevenção do envelhecimento

A soja preta apresentou o dobro da atividade antioxidante e na prevenção da degeneração das células.[Imagem: Wikipedia/Scott Bauer]

Quando se fala em soja, logo se pensa no grão amarelo.
Poucos sabem, porém, que a soja preta tem as mesmas qualidades nutricionais, além de apresentar o dobro de atividade antioxidante e prevenir a degeneração das células.
Estas características se mantêm mesmo depois do cozimento, segundo análise realizada por Diana Figueiredo de Rezende, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
Soja preta
A maior quantidade de compostos fenólicos e flavonoides e a presença de antocianinas na soja preta são responsáveis pelas propriedades diferenciadas em relação à amarela.
Isto porque as substâncias são responsáveis por evitar reações de oxidação de moléculas que podem acelerar o processo de morte celular, ou seja, são antioxidantes.
Ao comprovar a relação entre compostos fenólicos, flavonoides e antocianinas com a antioxidação, a pesquisa indicou que, em média, a soja preta apresenta o dobro desta capacidade.
O cozimento de ambos os tipos gerou uma perda igual de compostos fenólicos totais, de aproximadamente 40%.
Antocianinas
As antocianinas contêm um pigmento que vai do vermelho ao azul e, portanto, são encontradas principalmente em alimentos destas tonalidades.
Elas fazem parte do grupo dos flavonoides, compostos de origem vegetal não produzidos pelo corpo humano.
As antocianinas são o principal fator diferencial entre as duas sojas, já que é apenas encontrada na preta.
Além disto, Diana identificou os dois tipos desta substância encontrados na soja preta: cianidina-3-O-glicosídeo e a peonidina-3-O-glicosídeo.

Seis alimentos com gordura trans que devem ser evitados

A agência norte-americana FDA assumiu oficialmente que as gorduras trans não são consideradas seguras para o consumo humano.[Imagem: Wikimedia/Stan Dalone]

A gordura trans é bastante usada em alimentos processados para aumentar a vida útil dos produtos.
No entanto, nutricionistas dizem que esse tipo de lipídio é prejudicial à saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas.
Embora o assunto circule na imprensa há décadas, só agora a Agência de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) assumiu oficialmente que as gorduras trans não são consideradas seguras para o consumo humano.
Isso abre o caminho para as autoridades proporem a proibição do uso deste tipo de substância nos alimentos produzidos naquele país.
Caso os planos da FDA avancem, a indústria alimentícia precisará readaptar processos de fabricação.
Confira abaixo a lista dos alimentos que precisarão passar por mudanças no seu processo de fabricação:
1. Biscoitos salgados, doces e outros alimentos assados
Esses produtos geralmente contêm gorduras trans em estado sólido, para deixá-los menos oleosos.
"As gorduras 'boas' já desempenham esse mesmo papel. Só que são mais caras para a indústria dos alimentos. Mas elas trazem menos riscos para a saúde e são mais saudáveis", diz o químico de alimentos Fidel Belmares.
2. Pipoca de micro-ondas
As gorduras trans sólidas são usadas nas pipocas de micro-ondas para conservar o produto por mais tempo. A alternativa, segundo especialistas, seria usar azeite líquido no lugar.
"Ela é mais líquida, mas menos manipulada e mais natural. O azeite de oliva não possui gordura trans", diz o médico Jorge Loredo.
3. Pizzas e salgados congelados
Alguns produtos congelados - pizzas, risolis, coxinhas - contêm gorduras trans para prolongar sua duração.
Os especialistas sugerem que as pessoas comprem produtos frescos e os congelem em casa.
Alguns produtos congelados sem gordura trans já são vendidos no mercado hoje.
"Há empresas que vendem batatas fritas ou outros tipos de lanches congelados e anunciam na sua embalagem que nenhum tipo de trans foi usado na fabricação do alimento", diz Loredo.
4. Manteiga vegetal e margarina em barra
Loredo sugere que se use manteiga em vez de margarina, porque a origem animal do produto é mais bem assimilada pelo metabolismo do corpo.
Melhor ainda seria, segundo ele, o uso de gorduras líquidas - como azeite de oliva - em vez de gorduras sólidas - como manteiga ou margarina.
5. Creme para café
Também existem versões deste produto sem gordura trans.
Ainda assim, há substitutos que são ainda mais saudáveis, como leite natural ou leite de soja.
6. Glacê pronto para uso
Os glacês prontos para uso em doces fazem com que as guloseimas fiquem mais sólidas e estáveis por mais tempo em temperatura ambiente.
Apesar de inúmeros esforços da indústria alimentícia na busca por substitutos, os especialistas asseguram que é melhor fazer o glacê desde o começo - utilizando açúcar, manteiga, leite e baunilha natural.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Os olhos como telas de pintura

Maquiadora israelense cria ilustrações detalhadas nas pálpebras e transforma os olhos em obras de arte. Com a divulgação das fotos de seu trabalho no Instagram e o Facebook, Tal Peleg conseguiu milhares de fãs em todo o mundo

A israelense Tal Peleg, de 28 anos, vê os olhos como telas de pintura. Usando produtos que toda mulher tem, a maquiadora usa as pálpebras como suporte para suas ilustrações – é o que ela chama de “eye-art”. 

“Eu adoro maquiagem, arte e ilustrações. Esta é a minha forma de misturá-los para criar algo único”, diz. “Eu gosto de ver minhas ideias ganhando vida nos olhos. Os olhos são a janela da alma.”

Tal sempre gostou de fazer maquiagens. Aos 22 anos decidiu se profissionalizar e entrou em uma escola. Em seguida, estudou comunicação visual por 4 anos. Em seu dia a dia como maquiadora, Tal atende principalmente noivas, que pedem uma maquiagem bem sutil comparada às ilustrações que ela começou a desenvolver no ano passado.

O trabalho artístico de Tal incorpora além das pálpebras, o formato da sobrancelha. As suas maiores inspirações são contos de fadas, filmes, livros e comidas. Mas ela também trabalha outros temas. Já criou ilustrações que interpretam a demência de sua avó e a história de Anne Frank.

A artista usa as redes sociais para divulgar as obras. Ela tem 11 mil fãs no Facebook e 17 mil no Instagram.

Tal prefere ilustrar os próprios olhos do que usar modelos por considerar mais fácil. “Não me movo, não reclamo e tenho uma paciência infinita!” Alguns dos seus trabalhos podem levar até três horas. Abaixo, confira a "eye-art" de Tal. Não é incrível?

"Aos amantes de gatos" diz Tal na legenda da foto (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Inspirado no filme "Kick-ass 2" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Em homenagem aos fãs de Breaking Bad (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
"Esta é dedicada a minha avó que sofre de demência. É a minha interpretação deste sintoma ..." (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Desenho interpretando a depressão (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Esta é em referência ao Dr. Seuss, pseudônimo do escritor e cartunista norte-americano Theodor Seuss Geisel, e diz: "Deve ser a maquiagem mais psicodélica que eu já fiz" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
"Eye-art" inspiradas no cisne negro e no cisne branco (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
"A Princesa e o Sapo" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Branca de Neve e a princesa do filme "A Princesa e a Ervilha" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Inspirações nas personagens do filme da Disney "O Reino Congelado" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
"O Patinho Feio" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Sushi, uma das comidas que Tal ama (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Outra inspirada em "O Pequeno Príncipe" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
"O pequeno príncipe" (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
"É um lugar secreto, a terra de lágrimas ..." Outra inspiração vinda de "O pequeno príncipe", de Antoine De Saint-Exupéry (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Inspiração na música da banda Pink Floyd (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
Inspiração na história de Anne Frank (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
As várias ilustrações que Tal faz (Foto: Reprodução/Tal Peleg)
A artista israelense Tal Peleg (Foto: Reprodução/Tal Peleg)

 epoca.globo.com

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A partir de agora você é um Inimigo do Estado

Resenha Do Filme Inimigo Do Estado


(Veja o filme após leitura da resenha)

1.INTRODUÇÃO
O filme Inimigo do Estado (Enemy of the State, 1998) traz como temática: a sociedade de controle, os usos e abusos das tecnologias, e o biopoder . Evidenciando, como o Estado controla todos os seus indivíduos usando assim, aparatos tecnológicos avançados, os quais nem mesmo os cidadãos sabem que existem, usando de meios e técnicas sigilosas, para manter a sociedade controlada vinte e quatro horas, sete dias da semana. Isso fica exposto claramente no filme.

Robert Dean é um advogado, que de repente vê sua vida se transformar totalmente, sem ao menos saber o motivo. Ele se envolve, inadvertidamente, no assassinato de um politico, sem ter ideia de como isso ocorreu. 

Robert Dean encontra um antigo amigo de faculdade, porem, Dean não percebe que o amigo estava em apuros e nem que, ele colocou em sua sacola um equipamento que continha um disquete, nele estava gravado um vídeo, o qual revelava o assassinato do politico, uma prova documental do crime, e mostrava claramente o mandante.

O Politico assassinado era um congressista contrario a lei de vigilância indiscriminada de qualquer individuo, os defensores dessa lei, usam de todos os meios para conseguir sua aprovação, e nesse jogo de interesses nacionais e interesses próprios se passa o filme.

Dean começa a ser perseguido, sua vida muda totalmente, perde o emprego, a esposa, sem ao menos saber o motivo. E quando ele percebe, esta pela rua correndo desesperadamente apenas com um roupão, pois suas roupas ele já havia se desfeito.

 Tudo nele continha um dispositivo que o rastreava, mas não havia tempo para nada a não ser correr desesperadamente entre carros em alta velocidade para se livrar de algo que não sabia, refém de uma tecnologia que nem ele mesmo tinha conhecimento de sua existência.
E a partir desse filme, começa uma análise, de até onde é legítimo a intervenção do Estado na vida de um indivíduo, até onde vai sua privacidade e o que seria privado para o Estado.

2.DESENVOLVIMENTO
Hoje vivemos numa sociedade em que a tecnologia conta mais do que alguns valores, que no passado eram tidos como fundamentais para o ser humano. Tudo se desenvolve numa rapidez, desse modo devemos estar antenados para não ficarmos para trás. 

Mas essa tecnologia que tanto veneramos, muita das vezes é utilizada contra nós mesmos.
Robert Dean foi usado até as últimas consequências, até perceber o motivo pelo qual tudo aquilo estava acontecendo e fazer como eles, usar das tecnologias pra ganhar o jogo. 

Ele viu sua privacidade sendo invadida de uma maneira sórdida. Considerando o significado de privacidade temos: Intimidade pessoal ou de grupo definido de pessoas . Mas se pararmos para analisar, todos os dias temos nossa privacidade invadida pelos que detêm o poder. 

Onde quer que vamos, existem câmeras para nos filmar. E como estamos tão ligados em outras informações, acaba passando por despercebido, nossos passos ficam gravados sem ao menos percebemos, com isso nossa privacidade – intimidade – acaba sendo revelada.

Nesse sentido, entra a sociedade de informação, a qual tem como característica reunir todos os dados e armazená-los, para depois transferir para os governos que estejam interessados nessas informações. 

E isso se tornou uma prática frequente dos países, uma vez que, eles acreditam ser uma maneira eficaz de implantar politica de segurança.
Desde 1972, os Estados Unidos já possuíam satélites que proporcionavam uma visão civil da Terra, e isso foi se aperfeiçoando cada vez mais. 

Há afirmações que desde 1998, os americanos tem capacidade de monitorar a Terra em uma resolução decimétrica, continuamente. No começo esses satélites eram usados para fins militares, mas com o tempo, passou a ser usado para monitorar os indivíduos.

Antes mesmo do atentado terrorista de 2002 que ocorreu nos Estados Unidos, a politica de escutas telefônicas já havia sido implantada com fervor pelo presidente da época George W. Bush, em 2001 ele autorizou as escutas telefônicas sem autorização expressa da justiça.

 Dizia ele, que o Poder Executivo possuía poder suficiente para autorizar essas escutas. A notícia deixou os americanos assustadíssimos, visto que, acreditavam que isso só ocorria fora do território americano.

Não só nos Estados Unidos, mas no Brasil também ocorre um número grande de escutas telefônicas, hoje as escutas são liberadas pelo Poder Judiciário. Até mesmo o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Ferreira Mendes, foi alvo das escutas telefônicas. Em entrevista concedida à Folha, ele é perguntado sobre o impacto constitucional do grampo telefônico, e diz: -

No plano institucional, tenho a impressão de que há algum tempo o Brasil denuncia o descontrole dessas áreas e de alguma forma nós até toleramos e legitimamos esse processo, como o vazamento sistemático, a não-punição dessas pessoas. Isto nos demandava uma reação. Mas quando a questão se alçou a esse plano de ouvir senadores, ministros do Supremo, e quando isso se comprovou, então isso chamou a atenção da sociedade e atingiu aquele limite no qual é preciso dizer basta. 

É preciso que haja uma reação porque nós estamos na verdade no plano de excesso das anomalias. (...) Nós todos no Judiciário de alguma forma éramos afetados por isso e também co-responsáveis, porque deixamos isso crescer sem limites.( GILMAR MENDES, 2008)
Examinando a Carta Magna, o art. 5º, X, expressa que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Não só na Constituição Federal, como também no Código Civil Brasileiro, dispõe sobre a privacidade de cada individuo, tendo um capitulo destinado aos direitos da personalidade. No art. 20 fica disposto que salvo se autorizadas, ou necessárias a administração da justiça ou a manutenção da ordem pública a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou da publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo de indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comercias.
Na maioria das vezes, as escutas são usadas para a administração da justiça, porem, está sem controle pelo Judiciário. Os Juízes cada vez mais liberando escutas, sem analisar se realmente são necessárias. Esquecendo-se da privacidade do cidadão, ou seja, do art. 5º, X da Constituição. 

É necessário entender, que o monitoramento deve ser feito de forma consciente, não é só porque pode haver o monitoramento que esses podem ser revelados, ou seja, registrar as cenas e gravar os sons.

3.CONCLUSÃO
É necessário que haja politicas de segurança em um Estado, todavia, o que ocorre expressamente no filme não seria uma segurança para o cidadão, mas sim sua vida sendo exposta, como em um reality show, a diferença está nos telespectadores, agora é o governo que assiste a tudo, e não o público. E o pior sem ao menos serem notificados do que esta ocorrendo, causando terror na sociedade.

Quando assistimos filmes de espionagem, verificamos alguns aparatos sendo usado para monitorar as pessoas, pensamos que isso só acontece em filme, não existe na vida real, porem, como foi visto no filme, Robert Dean não acreditava no que sua esposa falava sobre a privacidade sendo invadida pelo Estado, e quando se deu por conta eles já tinham invadido sua vida. Um mundo imaginável.

Todos tem direito a privacidade, e ninguém poderá interferir nessa privacidade, nem mesmo o Estado, todos têm o direito à proteção legal.

REFERÊNCIAS
INIMIGO do Estado (Enemy of the state). Direção de Tony Scott. EUA: Jerry Buckheimer.1998, 132 min., son. col

Disponível em: http://www.luizalberto.com.br/news/Noticias.asp?identificacao=264 acesso em 19/05
Disponível em:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reportebbc/story/2006/01/060131 _denizeprivacidadeeuacg.shtml acesso 20/05/2012.
Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/26034-26036-1-PB.pdf acesso em 17/05/2012

www.trabalhosfeitos.com

Agora, assista o filme e perceba o quanto podem vigiá-lo, saberem sobre você...